sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Decoração de quarto de bebês







Para quem está decorando o quartinho do bebê aqui vão algumas dicas. No quarto os elementos prioritários são o berço, uma cômoda que serve para guardar as roupinhas e também pode ser usada como trocador, além de uma poltrona para a mãe amamentar a criança e ficar um tempo até o bebê dormir.

Algumas dessas poltronas são reclináveis e podem servir como uma cama, caso seja necessário a mãe passar a noite no quarto com o bebê.

As cores das paredes e a iluminação no quarto são importantes. De preferência use cores claras pois elas não deixam a criança muito agitada. Durante a noite o ideal é uma iluminação não muito forte para não deixar o bebê sem sono.

Conforme a criança for crescendo, engatinhando e andando tome cuidado para ela não se machucar, por isso escolha móveis sem quinas, tapetes antiderrapantes, antialérgicos, cortinas laváveis etc.

Não coloque muitos aparelhos eletrônicos no quarto do bebê, pois isso pode deixá-lo irritado. Um rádio apenas pode ser útil porque a música agrada as crianças e pode ser usada de forma educativa para demonstrar a hora de dormir, de tomar banho ou de comer.


sábado, 5 de novembro de 2011

Comportamento dos bebês

Bonecos e fraldas de estimação
Por Filomena Santos Silva, Psicóloga

Quem não se lembra da imagem de Linus, o amigo do Snoopy com o seu inseparável cobertor? Essa personagem retrata uma necessidade muito comum durante os primeiros anos de vida

Muitas crianças apegam-se a um determinado boneco ou escolhem a fralda de pano como objecto de estimação que transportam para todo o lado, e sem os quais não conseguem adormecer. Mas esse objecto não pode ser um qualquer: o cheiro e a textura são fundamentais, e desengane-se aquele que julga que os substitui com facilidade…

É o caso da Rita, de 2 anos e meio, que não adormecia sem a sua “nhónhó”, a fraldinha de pano: se a mãe a trocasse por uma lavada, a Rita chorava, dizendo que não queria aquela; um dia resolveu fazer uma experiência e trocou-a pela fralda de outra criança, igualmente “usada” e a Rita, inicialmente aceitou-a mas depois largou-a dizendo: “esta não, não cheira a Rita…”.

Estes objectos, designados por Winnicott por objectos transaccionais, são usados pela criança como um suporte na conquista da autonomia, uma vez que são uma espécie de substituto materno e permitem à criança organizar-se na ausência das figuras de referência. As crianças, ao se sentirem sozinhas na cama, na creche ou no jardim-de-infância, usam estes objectos para se sentirem mais confiantes.

Se o seu filho demonstra apego por algum objecto especial, deixe que ele o use. Efectivamente, estes objectos são de uma grande ajuda para a criança perante o desconhecido ou a ameaça do ambiente que a rodeia, pois transmitem-lhe conforto e segurança e a sensação de que continua “ligada” à mãe ou ao pai. Ajudam ainda a criança a diminuir os seus níveis de ansiedade e a ganhar confiança para conseguir explorar o meio, condição essencial para o crescimento e adaptação do ser humano.

O que frequentemente assusta os pais é a dependência, por vezes exagerada, que as crianças têm relativamente a estes objectos. Nestes casos, se a criança se apercebe que saiu de casa sem eles, fica muito desestruturada, chorando e revelando grande dificuldade em controlar-se.

Na maior parte das situações, as crianças libertam-se desta “dependência” à medida que aumenta a sua autonomia emocional. Contudo, algumas manifestam maior dificuldade em “largar” estes objectos e, nessas situações, pais e educadores poderão ajudar a criança no processo, procurando pôr em prática algumas das seguintes orientações:

Escolha o momento certo certificando-se que a criança se encontra numa fase estável, adaptada à creche ou ao jardim-de-infância, sem alterações estruturais na sua vida.
Nunca retire o objecto sem avisar previamente a criança. Mesmo que seja apenas para lavar, nunca o faça às escondidas, converse com ela e peça-lhe colaboração, explicando-lhe que voltará a tê-lo. Explique-lhe que o cheiro será diferente mas que vai voltar a ficar outra vez igual.

Se o objecto transaccional da criança for facilmente substituível por outro igual (por exemplo, uma fralda de pano), quando começar a ficar sujo coloque outro dentro da cama da criança, para que vá ficando mais parecido com o verdadeiro; assim, quando fizer a troca, a criança já não estranhará tanto a diferença da textura e do cheiro.

Se sentir que a dependência é exagerada, vá diminuindo os momentos em que a criança os usa, quer em casa quer na escola.

Aceite este momento como uma etapa natural do desenvolvimento e não o valorize demasiado. Não existe uma idade certa para a criança deixar de precisar destes objectos pois isso depende da maturação de cada criança.

( artigo extraído da revista (Coisas de criança) Guia para pais e educadores)